A Matriz Transcendental do Universo

O mergulho intelectual de Aldous Huxley na galáxia mitológica das grandes religiões do mundo resultou no livro “A Filosofia Perene”, de 1964. Baseado nos “relatos em primeira mão” dos ditos “homens santos” ou “profetas”, a obra expõe a ideia de uma doutrina comum e estável como base de toda diversidade desses sistemas religiosos que emergiram em diferentes tempos e lugares ao longo da história humana – a essa doutrina universal Huxley chamou de “Filosofia Perene”.

Na visão de Huxley, a Filosofia Perene representa o conhecimento deixado por alguns sábios e profetas que conheceram diretamente a natureza da “Realidade substancial ao mundo multiforme”, o “Princípio Absoluto de toda existência”. A experiência direta desses reconhecidos expoentes com a natureza da realidade apontaria persistentemente para um consenso acerca de uma base eterna e transcendental do ser. A ideia central da Filosofia Perene é, portanto, um retrato da sua característica histórica – ou seja, o fator perene em toda mitologia religiosa é a referência a um fator perene como origem de toda manifestação temporal. Em outras palavras, a ideia persistente de toda religiosidade humana é sobre uma dimensão una e eterna no centro de toda existência multiforme e transitória, sendo o conhecimento direto desse fato – claramente expresso na fórmula sânscrita “tat tvam asi” (Tu és Aquilo) – a finalidade de todo ser humano, para assim “encontrar Aquilo que realmente é”.

No ocidente, costumamos nos referir a algo semelhante através da palavra “alma”. Originada no latim anima, é equivalente da palavra grega psyché, que significa “sopro”, e foi tomada por Platão como metáfora para um princípio universal de movimento da vida. Mas, à luz dessas observações, a visão comum de “alma” utilizada no ocidente começa a parecer distorcida, já que normalmente é entendida como indicativo de individualidades eternas, isoladas e independentes “habitando” os seres orgânicos. Esse caráter universal, não-local e multiforme da alma, enfatizado pelos xamãs, sábios e profetas do passado, é deixado de lado em nossa cultura obcecada com a preservação da individualidade.

Mas, dentro da visão original da Filosofia Perene, a Alma – ou a Base do SER – é a matriz transcendental de todo Universo; uma unidade transdimensional multifacetada de onde tudo vem, para onde tudo vai e onde tudo está – antes, após e além da existência transitória no mundo ordinário -, e que contém em si própria todas as possibilidades da existência universal. Cada uma das miríades de manifestações do nosso universo pode ser vista como a amplificação – ou a “canalização” – de um aspecto muito específico dessa Alma universal, se aproximando daquilo que o biólogo Rupert Sheldrake, na sua tentativa de compreender a origem das formas no mundo natural, chamou de “campos morfogenéticos”.

O legado dos sábios e profetas nos diz que é possível para a consciência conhecer diretamente a natureza transcendental da Alma, mas esse conhecimento superior apenas pode ser expresso em metáforas – que no terreno religioso se transformam em mitos. A noção de um substrato eterno que dá suporte a toda manifestação temporal está presente em todos os tempos e lugares, e já foi expressa de muitas formas diferentes, variando de acordo com a cultura em que é modulada. Joseph Campbell disse que a origem e a finalidade central de qualquer mitologia é a experiência de integração entre esses dois aspectos paradoxais da existência. Huxley parece seguir a mesma lógica, afirmando que os verdadeiros ensinamentos espirituais representam relatos daqueles que “conheceram diretamente a Deus”. A idéia de “contato com Deus” é, precisamente, uma referência metafórica sobre a experiência direta de integração entre o reino da eternidade e a dimensão do tempo/espaço, ou entre o mundo perene e o mundo perecível.

“Ver o Universo num grão de areia, e o Céu em uma flor silvestre, ter o infinito nas palmas das mãos e a Eternidade em uma hora.” – William Blake.

“Para medir a alma temos que medi-la com Deus, pois a Base de Deus e a Base da Alma são unas e idênticas” – Eckhart

Referências:

– A Filosofia Perene – Aldoux Huxley

– Joseph Campbell – O Poder do Mito

– Rupert Sheldrake e o os “campos morfogenéticos”

Teoria sugere explicação para vida após a morte e a alma

Por Steven Bancarz | Traduzido pela equipe mundocogumelo

Recentemente publiquei um estudo científico que valida as experiências fora do corpo. Há uma grande variedade de dados existentes que seriam melhor explicados ao inferirmos a existência de uma alma não física. Um grande tabu que as pessoas eventualmente batem de fente, está agora tentando ser elucidado para entender como a alma poderia caber em nossa compreensão científica da consciência. Felizmente, agora temos um modelo teórico que explica a existência da alma e até mesmo da vida após a morte.

De acordo com o Dr. Stuart Hameroff, professor da Universidade do Arizona, uma experiência de quase-morte acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dissipa no universo. Contrariando o que contam os materialistas da consciência, Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa de que consciência pode, talvez, ser pauta de ambas, mente científica racional e intuições pessoais.

A consciência reside, de acordo com Stuart, o físico britânico Sir Roger Penrose, (e também Robert Lanza (diretor científico da Advanced Cell Technology Company)) ; nos microtúbulos das células cerebrais, que são os sítios primários do processamento quântico. Após a morte, esta informação é liberada de seu corpo, o que significa que a sua consciência vai com ele. Eles argumentam que a nossa experiência da consciência é o resultado dos efeitos da gravidade quântica nesses microtúbulos, uma teoria que eles (Hameroff e Penrose) batizaram redução objetiva orquestrada (Orch-OR).

A consciência, ou, pelo menos, proto-consciência, é teorizada por eles como uma propriedade fundamental do universo, presente até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. “Em um esquema desses, a experiência da proto consciencia é uma propriedade básica da realidade física, acessível por um processo quântico associado com a atividade cerebral.”

Nossas almas são de fato construídas a partir do próprio tecido do universo – e podem ter existido desde o início dos tempos. Nossos cérebros são apenas receptores e amplificadores para a proto-consciência que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, há realmente uma parte de sua consciência que é imaterial e vai viver após a morte de seu corpo físico?

maxresdefaultDr Hameroff disse no documentário “Through the Wormhole” do ‘Science Channel’: “Vamos dizer que o coração para de bater, o sangue para de fluir, os microtúbulos perdem seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, ela não pode ser destruída, ele só se espalha e se dissipa com o universo em geral.

Se o paciente sofre uma ressuscitação, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz: “Eu tive uma experiência de quase morte“.

Ele acrescenta: “Se o paciente não for ressuscitado e morrer, é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo, talvez indefinidamente, como uma alma.”

Esta conta de consciência quântica sugere uma explicação para coisas como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo, e até mesmo a reencarnação (que eu considero ser a mais forte evidência científica para a existência de uma alma) sem a necessidade de recorrer à ideologia religiosa. Em cima de evidências anedóticas, argumentos filosóficos, e evidência científica, agora também temos um quadro teórico que possa acomodar a existência da alma.

net
A energia da sua consciência se afasta do seu veículo físico no momento da morte, da mesma forma que um pianista pode se levantar e caminhar para longe do piano. Para onde vai a informação quântica e o que ela experimenta uma vez que deixa o corpo na morte está aberto para especulação e maior investigação científica.

Aqui está uma entrevista incrível Deepak Chopra fez com Stuart Hameroff sobre sua teoria da consciência quântica:
(em inglês)

Fontes:

SpiritScienceAndMetaphysics

Redução Objetiva Orquestrada (Orch-OR)

PsychologyToday

Pineal, Mística e Ciência

A Glândula Pineal para os antigos era nossa antena, nosso dispositivo natural para a conexão com outras dimensões, e é até hoje considerado como o terceiro olho, aquele que vê .
Monges tibetanos falam desse 3º olho, que havia sido o centro da clarividência e da intuição,e que no decorrer dos tempos se foi atrofiando, pelo qual era necessária sua recuperação.
A existência da epífise ou pineal se conhece faz mais de 2000 anos. Galeno no sec. II escreveu que aos anatômicos gregos lhe havia chamado a atenção à situação particular dessa glândula, concluindo que servia de válvula para regular o fluxo de pensamento, que se creia armazenado nos ventrículos laterais do cérebro.
Descartes, no sec XVII, expressou sua crença que a pineal era a sede da alma racional. Para ele, as sensações percebidas pelos olhos chegariam a pineal, de que partiriam até os músculos, e que produziriam as respostas adequadas. Os estudos modernos demonstram neste, como em outros aspectos de seu pensamento a grande intuição do filosofo.
Chico Xavier, em 1943, no livro Missionário da Luz, “analisa a epífise como glândula da vida espiritual do homem. Segregando energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino, a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo visual, que a ciência comum começa a identificar.” (fonte)

Abaixo segue o texto Escrito pelo Prof. Dr. Luiz Machado, Ph. D. e compartilhado da Cidade do Cérebro

A Pineal como Terceiro Olho

“Por conta de sua forma semelhante a uma pinha, do latim pinea (pronuncia-se /pínea/), esta glândula foi assim denominada, sendo também chamada de epífise (do grego epiphysis , de epi “sobre” e physis , “crescimento”, “formado na extremidade”, pois é um corpúsculo oval situado no cérebro, por cima e atrás das camadas ópticas).

As glândulas hipófise e pineal são místicas por excelência. “Místicas” no sentido de misteriosas, pois a ciência ainda conhece pouco sobre elas, principalmente a pineal, e também por serem cultuadas por algumas ordens, seitas, filosofias etc.

A biologia tem muitas dúvidas sobre essas glândulas, mas existem estudiosos que afirmam pertencerem elas a uma classe de órgãos que permanecem estacionários e latentes.

Há quem sustente que, em outras épocas, quando o ser humano estava em contato com os mundos internos , esses órgãos eram os meios de ingresso a eles e tornarão a servir a esse propósito em seu estágio ulterior.

A pineal é o órgão físico da visão etérea e astral, como muitos afirmam. Ela está situada no lado occipital, por cima e atrás da região da visão comum.

Na Índia, é o terceiro olho, o olho de Shiva (o terceiro membro da trindade do hinduísmo: Brahma, Vishnu, Shiva ou Siva).

Ao longo de estudos, procurou-se considerar a glândula pineal como simples remanescente de um olho ancestral, isso porque no lagarto ocelado – que tem ocelos (olhinhos) – existe uma vesícula fechada, de parede cristalina anterior e uma retina (pequena rede de nervos), formado por bastonetes (tipos de células em forma de bastão que fazem parte do sistema celular dos olhos) cercado de pigmentos em conexão com o nervo epifisário da pineal. Essa vesícula está situada em cima da cabeça do animal, embaixo da pele desprovida de pigmento e dentro de um orifício craniano. Esse olho ímpar apresenta-se mais ou menos degenerado nos demais lagartos. Não nos esqueçamos que a Teoria da Evolução nos considera um réptil que foi desenvolvendo cérebros sobrepostos (Paul MacLean, A Teoria do Cérebro Trino).

René Descartes (1596-1650) (em latim Cartesius, daí o adjetivo “cartesiano”), filósofo, místico e fundador da moderna matemática, considerava a pineal como a sede da alma racional . O termo “racional” deriva-se do latim ratio (pronuncia-se /rácio/), palavra que significa “comparação”. Para este filósofo, a pineal era a glândula do saber, do conhecer.

Segundo ainda esse filósofo francês, a glândula pineal “transforma a informação recebida em humores que passam por tubos para influenciar as atividades do corpo”.

É preciso notar que durante muito tempo predominou na medicina na Antiguidade, a doutrina do humorismo . Pensava-se que a disposição da pessoa dependia da natureza dos humores orgânicos (sangue, linfa, pituíta e bílis); assim, por exemplo, da secreção da bílis dependia o bom ou mau humor. Por exemplo, “atrabiliário”, que significa “melancólico”, “colérico”, “violento” vem de atra bilis , “bílis negra”, humor que se supunha ser secretado pelos coléricos. “Melancolia” vem do grego melagcholia , “negra bílis”, pelo latim melancholia .

O sistema de Hipócrates, o mais ilustre médico da Antiguidade (aproximadamente 460-377 a.C.), baseia-se na alteração dos humores, que também era o sistema de Galeno (131 – cerca de 201), outro famoso médico da Grécia antiga, considerado por muitos o pai da neurofisiologia. O célebre provérbio: “Hipócrates diz sim, mas Galeno diz não”, não significa antagonismo entre o sistema dos dois médicos. é uma maneira jocosa a respeito das contradições das opiniões médicas quando elas ocorrem.

Do que foi exposto, deduzimos que a pineal representa um portal que permite ao Eu Sápico exercer influência bastante definida sobre o Eu Físico.

À luz dos conhecimentos científicos atuais, a pineal é freqüentemente chamada de “reguladora das reguladoras”, governando muitas atividades do hipotálamo e da hipófise.

A pineal é composta de células perceptoras cujo grau de intensidade ainda não sabemos. A luz, recebida por intermédio dos olhos e do corpo todo, influencia a função da pineal e, por isso, regula o ciclo vigília /sono.

Hoje em dia, fala-se e usa-se muito o hormônio melatonina para regular o ciclo vigília /sono. Este hormônio da pineal é produzido durante a noite para o sono e cessa com o sol, para despertar, falando-se de maneira simples.

O excesso de melatonina parece gerar depressão e aí estaria a grande incidência de depressão nos países em que o sol aparece com pouca freqüência.

Direta ou indiretamente, a pineal funciona, então, como um olho para a luz e não será ela “os olhos da mente”?


Abaixo segue o vídeo, “Rick Strassman, DMT e a Glândula Pineal”, de extrema importância para o entendimento desta glândula.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=aHowQ0fRE8E]

>


>
Interessante ainda acrescentar que dia 14.06 – 20h acontecerá a palestra “GLÂNDULA PINEAL – união do corpo e da alma, novos conceitos e avanço nas pesquisas” – com Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, palestrante no vídeo abaixo que nos foi sugerido por um caro leitor, através deste link

“A Glândula Pineal integra o relógio cerebral e é responsável por todos os ritmos no organismo, como por exemplo os ritmos da reprodução hormonal, do funcionamento do sistema nervoso autônomo, dos ciclos da vida até o envelhecimento, do sono; além dos ritmos reprodutivos, os da fome e ainda do estado de humor. Ela é um sensor magnético convertendo ondas do espectro eletromagnético em estímulo neuroquímico. Esta glândula parece ser o melhor laboratório de estudos da física sobre a relação espírito-matéria, com suas propriedades de captação de ondas do espectro eletromagnético que aparentemente influenciam funções de sensopercepção mediúnica e telepática.

CONVERSA com Dr. Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, mestre em Ciências pela USP e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. Pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas, em seu estudo sobre pineal chegou à seguinte conclusão: “A pineal é um sensor capaz de ‘ver’ o mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica. É uma glândula, portanto, que ‘vive’ o dualismo espírito-matéria. O cérebro capta o magnetismo externo através da glândula pineal”.

[youtube=http://youtu.be/9hwsfO9lgH4]

>


Posts Relacionados