Essas Abelhas Himalaias Produzem Mel Psicodélico!
Nas profundezas das florestas nos Himalaias, vive a maior abelha do mundo, que passa a maior parte de sua vida produzindo um mel psicodélico que irá alterar a sua mente. Esse mel particular é muito valorizado pelos habitantes locais no Nepal e na China, e os coletores arriscam suas vidas para coletar e vender esse mel para os homens ricos da Ásia e os turistas curiosos que frequentam a área. O que torna esse mel psicodélico tão desejado e especial?
O mel psicodélico, que também é conhecido como mel vermelho, é o produto da abelha de penhascos Himalaia (Apis dorsata laboriosa) Essa abelha é a maior do mundo, tendo cerca de 3 centímetros, e são uma sub-espécie da abelha comum (Apis dorsata). Essa abelha de altitude é a única na região que tem acesso a flores de Rododendro, que produzem o mel psicodélico que depois é vendido na região.
Muitas espécies de Rododendros contém o que é chamado de toxina anon cinza, que as torna muito venenosas para os seres humanos. Porém, nas montanhas do Himalaia, que consistem de Yunnan (China), Butão, Nepal e Índia, essa abelha rara reside logo ao lado dos Rododendros (Rhododendron luteum e Rhododendron ponticum) que são as flores que elas tendem a coletar o néctar.
O mel que é produzido do néctar que as abelhas obtém das flores de Rododendro tendem a vir com propriedades extremamente potentes. O mel vermelho, ou o que algumas pessoas chamam de mel da loucura, é conhecido por conter um alucinógeno extremamente potente que é utilizado como uma droga recreativa, mas também uma medicinal. Esse mel particular é conhecido por ter um efeito muito eficaz na cura de diabetes e performances sexuais pobres, até mesmo a hipertensão, mas somente se ingerido em pequenas doses. Se consumido em dosagem muito alta, esse mel alucinógeno pode se tornar extremamente tóxico e em alguns casos, até mesmo fatal.
Em doses baixas entretanto, o mel se torna um alucinógeno, dando sensações de tontura agradáveis e um relaxamento juntamente com uma sensação de formigamento. Mesmo tendo a propriedade de ser alucinógeno, não há muita literatura científica tratando dos efeitos do mel no organismo humano.
Quando esse mel é consumido em altas doses, ele tende a causar envenenamento por Rododendro, ou intoxicação pelo mel, que é descrita como fraqueza muscular progressiva, irregularidades cardíacas e crises de vômito.
O exército do rei Mithridates no ano 67aC usava esse mel como uma espécie de arma química natural: deixavam grandes pedaços da colméia onde o exército romano invasor os pudessem encontrar. Não é necessário dizer que enquanto o exército invasor inteiro estava sob os efeitos do mel, eles eram facilmente derrotados.
Embora as propriedades do mel alucinógeno tendam a variar entre agradáveis e perigosas, todas elas são devido à toxina anon cinzas que estão contidas no mel, essas derivadas dos Rododendros locais.
O que são Toxinas Anon Cinzas no Mel Psicodélico?
Elas são um grupo de toxinas que tendem a ser produzidas pelos Rododendros e outras plantas da família da Ericaceae. Uma vez que esse tipo de mel tem efeitos intoxicantes e medicinais, ele tende a alcançar um preço muito alto, que algumas vezes chega a ser cinco ou quatro vezes o preço do mel comum.

O tamanho desses ninhos pode se tornar extremamente grande e pode atingir até 1 metro e meio de diâmetro e conter aproximadamente 60kg de mel, o que aumenta a dificuldade na coleta do mel dos favos. Os locais geralmente coletam duas levas do mel, uma na primavera e outra no outono, entretanto somente o mel coletado na primavera é o que tende realmente a ter efeitos.
Abaixo, um documentário (sem legenda ainda – em tradução) nos ajuda a ter a perspectiva dos desafios que esses habitantes locais passam para obter e colher esse mel raro e altamente alucinógeno.
Traduzido de: eWAO